terça-feira, 20 de junho de 2017

Beijo





Um beijo apaixonado
será o maior acontecimento
na tua vida.

Não te iludas
com o que sobrevier a isso

Serão apenas
as pompas do mundo.






A moça mais bonita de Copacabana





Se um dia você pensou
que sua garota
era a moça mais bonita
de Copacabana

Ah! meu amigo,
isso era amor.









sexta-feira, 9 de junho de 2017

A esquerda paranoica





            A esquerda brasileira tem algo a aprender com a direita? Eu acho que não. Nossa direita é tosca, primitiva e boçal. Hoje, sua principal liderança é Bolsonaro. Os outros (Temer e sua gang) estão aí apenas para fazer o serviço sujo do entreguismo e da precarização do trabalho. Claro, também estão se empenhando para destruir a educação pública e a saúde. Mas não é gente que se possa chamar de direita ideológica. Prova disso é que desde o presidente ilegítimo até seu mais cretino ministro, todos, ou quase todos, passaram pelos governos petistas desempenhando importantes funções. Não é gente de ideias, é gente de negócios.
O Cuspido, que está há duas décadas no legislativo sem produzir nada, tomou o lugar de líder direitista por falta de concorrentes.
No entanto, muitos eleitores da esquerda brasileira agem como que copiando a maneira de agir da direita mais boçal, mais botinuda. O ódio patrocinado pela imprensa golpista que levou milhares às ruas pedindo a deposição de Dilma, parece que criou raízes entre petistas de várias tendências. E a esquizofrenia paranóide , tão presente entre os direitistas que acham que Lula, FHC e Martinha Suplichic são comunistas, também enraizou-se entre os eleitores do PT.
Durante o julgamento do mensalão, as opiniões sobre os membros da Corte Suprema variavam de acordo com seus votos nesta ou naquela questão. Lewandowski, que era herói da resistência virou vilão durante as discussões sobre os embargos infringentes. Com Celso de Melo deu-se o inverso. Barbosa foi demonizado por seu relatório desde o começo, pois a mediocridade que assola nosso país não admite o debate nem a opinião divergente.
Mesmo os jornais, devidamente execrados por sua participação no golpe, ganham postagens de suas matérias críticas ao atual desgoverno por parte de petistas e simpatizantes como se fossem os porta-vozes da verdade. Não passa uma semana sem que algum artigo da Folha de São Paulo seja citado, copiado ou reproduzido nas redes sociais por gente que deveria ter asco até de lê-los devido à procedência.
A bola da vez na esquizofrenia petista é Leandro Karnal. Até pouco o historiador recebia elogios por sua postura anti-golpe e pela defesa do estado de direito. mas desde que publicou uma foto em que jantava com o Juiz Moro, aqueles que postavam seus comentários e entrevistas agora o odeiam. Sim, odeiam. Não divergem, não criticam. Odeiam.
Eu, sinceramente, não sei o que Karnal viu em Moro para ir jantar com ele. Karnal me parece um homem de grande cultura e discernimento enquanto Moro eu vejo como um juizinho provinciano a quem a sorte deixou cair no colo um rumoroso processo de corrupção e ele usa esse poder e fama repentinos para promover perseguições políticas, principalmente contra o ex-presidente Lula.
Mas o fato de eu não entender a aproximação do historiador com o inquisidor não significa nada. Absolutamente nada. Tenho amigos que considero inteligentes e com sensibilidade poética e que, no entanto, gostam da "poesia" de Renato Russo. E assim como não me importa o gosto musical desses amigos e sim a amizade que me brindam, não me importam as companhias de Karnal e sim sua visão como pessoa pública sobre o desmonte da educação e a ilegitimidade desse governo que aí está. Vou continuar a assistir suas palestra que estão no youtube e tentar aprender algo com elas como tenho feito há algum tempo.
Quanto a Moro, nem quero ouvir falar.









sexta-feira, 2 de junho de 2017

A questão





não tem nada a ver com arte
com estética
com expressão

a questão é bem mais simples:
se eu não respiro
eu morro




quinta-feira, 1 de junho de 2017

O que importa





Na poesia e na vida
só há dois temas que importam:
o amor e a morte.

E,
talvez,
a experiência com a beleza
que também é coisa de amor e morte.