quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ditadura nunca mais



O teatrólogo Dias Gomes contava que certa vez teve de ir à Brasília para tentar, junto à censura, liberar uns capítulos de uma novela que escrevia para a Globo e que haviam sido vetados.
O censor entregou-lhes as páginas rabiscadas e carimbadas com a palavra “censurado”. Dias Gomes as leu e ponderou que nada havia ali para ser censurado. Era uma cena de amor entre os protagonistas do folhetim. O censor não se deixou convencer e argumentou que o que estava escrito não era mesmo censurável, mas sim o que o escritor pensara ao escrever as cenas.

O cara tinha o poder de censurar o pensamento.

Nenhum comentário:

Postar um comentário