Em seu depoimento na CPI da Petrobrás na semana passada, João
Vaccari Neto foi perguntado sobre uma visita que fizera ao doleiro Alberto Youssef.
Vaccari, que não é nenhum Delúbio, não se abalou nem comprou para si a bronca
como fizera o outro chefe da tesouraria do PT.
Vaccari disse que fora ao escritório de Youssef a convite
deste, mas não o encontrou. Poderia ter
dito que foi visitar Youssef em busca de recursos para o partido e que faria o
mesmo com qualquer outro empresário que fosse um potencial doador. Acontece que
Youssef não é um empresário qualquer. É figurinha carimbada desde o escândalo
do Banestado. É um famoso meliante. Transaciona com moeda estrangeira
ilegalmente. Já esteve em cana por evasão de divisas.
Ora ora, Vaccari tampouco é um qualquer. É o tesoureiro, ou
melhor, secretário de finanças e não sei mais o quê de um dos partidos que mais
arrecada de empresas, e que está no poder, mas Vaccari quer nos convencer que
Youssef o tratou como um garoto de recados e não estava no próprio escritório
para receber quem convidou. Não colou.
Antes de completar uma semana de sua oitiva na CPI, Vaccari
foi em cana. Os petistas dizem que a prisão era desnecessária e questionam por
que só ele, entre os citados na Operação Lava-Jato por outros envolvidos, foi
preso.
Os petistas têm uma certa razão, afinal todos os pilantras do
PSDB, DEM, PMDB que tiveram seus nomes citados estão livres e sequer foram
chamados para depor na CPI. Apenas os pilantras do PT são presos.
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