sábado, 11 de junho de 2016

O momento de votar o impeachment é agora

Mesmo os governos ungidos pelo voto, quando assumem tratam logo de abrir o saco de maldades. Despejam todas elas de um só vez sobre as cabeças de seus abestalhados eleitores para regozijo dos que votaram no outro partido ou no outro bando. Depois vêm as carícias. Aos poucos, bem aos pouquinhos.
O primeiro sentimento que fez florescer (de revolta ou de dúvida) logo desaparece. Os cidadãos, eleitores daquele governo ou não, começam a contar com as vantagens oferecidas e esquecem dos prejuízos e direitos perdidos.
O governo fajuto de Temer parece ter um saco de maldades um pouco maior que qualquer outro da era pós ditadura. Talvez só Collor de Merda, com o confisco das poupanças, possa lhe fazer frente em maldades e safadezas.
Como não sabe quanto tempo vai durar no poder, Temer tem uma pressa inusitada em cumprir com as obrigações assumidas dentro e fora do país. Daí o despejo de maldades desproporcional à sua condição de interino e fajuto.
Daqui a pouco, chegará a hora dos mimos. Não para o povo pobre. Isso podemos esquecer, mas para a classe média que tanto quis ver a Presidenta Dilma pelas costas e nem pensou que quem assumiria seria ele. Temer, e não o Willian Bonner. Uma aliviada no imposto de renda, umas facilidades para importação de eletrônicos ou, quem sabe, dólar barato para quem quiser ir à Disney são medidas que podem fazer com que Temer retome algo de popularidade (se é que algum dia teve) e seja visto pelos medioclassistas como um mal menor ante o que nos reservava o comunismo-bolivariano do PT.
Um crescimento da aceitação de Temer por setores da sociedade poderá também fazer com que os senadores, que estão hesitantes quanto ao impeachment da Presidenta Dilma tomem posição de apoio ao golpe e à Temer. É por isso que não entendo a insistência do PT e dos aliados à causa democrática de fazer cumprir a risca os prazos do processo no senado. Não serão os argumentos dos advogados nem o testemunho de técnicos que irão convencer os senhores senadores. O processo contra Dilma nada tem a ver com legalidade, prazos e normas nem com fundamentação jurídica. É um processo político no pior sentido do termo O momento de votar é agora enquanto o povo está nas ruas, enquanto Temer não consegue sequer formar o ministério e nem fazer agrados à classe média. O momento é de ir logo para o voto e tirar proveito do oportunismo dos senadores "indecisos". Agora é a hora de fechar o caixão de Temer e enviar logo pra Transilvânia.




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