quinta-feira, 21 de maio de 2020

O dono da Havan






          Sobre ele poderia-se dizer qualquer coisa segundo suas aparições nos meios de comunicação: o idiota da Havan, o cretino da Havan, o ridículo da Havan, o patético da Havan, etc. Sem embargo, preferem chama-lo  de o "velho da Havan", ou melhor: o "véio da Havan".
          Confesso que ao ouvir ou ler "véio", "muié" ou "muierada" me dá um troço. Acho horrível. Não consigo seguir lendo um texto que assim se manifesta  e meus ouvidos se fecham quando ouço a locução. Sei que isso vai parecer preconceito linguístico. E é. Também sei que o preconceito linguístico é o maior óbice  do Brasil atual.
          Mas o real problema é que os que chamam o cara da Havan de "véio" como se isso fosse a pior das ofensas, são os mesmos que criticam o governo pelo seu descaso para com os velhos, principalmente hoje quando a pandemia promete , com a ajuda de Bolsonaro e a caterva que o cerca, exterminar os mais idosos.
          Eu não sou da Havan nem sou "véio". Sou velho, quero continuar vivo e quero respeito. De todo mundo.
          

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