Qual o significado da aproximação dos EE.UU e Cuba? _ Não
faço a menor idéia. Apenas acompanho atônito o noticiário que fala do
acontecimento histórico e acena para, quem sabe talvez um dia, o fim do embargo
econômico a Cuba.
O fato do embargo só poder ser levantado pelo congresso
americano, de maioria conservadora, só merece um ligeiro comentário em tom
menor dos analistas. A intervenção de Sua Santidade, o Papa Francisco, inventor
da bondade, fundador da nova igreja católica e defensor dos oprimidos, é o que
domina todas as análises do jornalismo ternurinha.
Mas se fico atônito não é pelo restabelecimento das relações
diplomáticas e pelo, quem sabe talvez um dia, fim do embargo. O fato é que no
mesmo bloco de notícias que fala da ligação telefônica de mais de uma hora
entre Obama e Raul Castro, nos contam do endurecimento do embargo imposto à
Rússia e das hostilidades de toda ordem com que o governo americano afronta a
Venezuela.
Mesmo antes de mostrar qualquer serviço, Obama foi agraciado
com o Prêmio Nobel da Paz. Agora, com o gesto de, quem sabe talvez um dia,
terminar com o anacrônico embargo econômico imposto a Cuba, já li um editorial
que, se não afirmava, pelo menos, insinuava que o havaiano fazia jus ao prêmio.
Ou seja: a Academia Sueca tivera a premonição de que daquele mato iria sair
coelho.
Vai sair? Sei lá.
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