No próximo mês, Câmara e Senado elegem suas mesas diretoras.
Para presidir as duas casas o PMDB fará valer sua maior bancada no Senado e o
acordo com o PT na Câmara, onde o partido no governo tem maioria.
Os nomes de Renan Calheiros e Henrique Eduardo Alves são
favoritíssimos.
No caso de Renan a única candidatura oposicionista que se apresentou até agora, foi a de Randolph Rodrigues do Psol e a eleição do alagoano são favas contadas, apesar de mais uma denúncia contra ele que chega ao STF. Desta vez Renan é acusado de crime ambiental. Mas para quem já escapou de cassação no caso da pensão terceirizada de sua filha natural, não será uma acusação por crime ambiental que irá assustar o Senador. Seu estoque de óleo de peroba ainda não se esgotou.
No caso de Renan a única candidatura oposicionista que se apresentou até agora, foi a de Randolph Rodrigues do Psol e a eleição do alagoano são favas contadas, apesar de mais uma denúncia contra ele que chega ao STF. Desta vez Renan é acusado de crime ambiental. Mas para quem já escapou de cassação no caso da pensão terceirizada de sua filha natural, não será uma acusação por crime ambiental que irá assustar o Senador. Seu estoque de óleo de peroba ainda não se esgotou.
No Supremo, o caso da pensão, todavia tramita. E com a
agravante de falsificação de documentos usados por Renan para justificar recursos.
Um outro processo por improbidade administrativa e tráfico de influência,
também está naquela casa de justiça esperando julgamento.
Mas se para Renan as coisas caminham normalmente, por trilha
por demais conhecida do Senador, na Câmara a eleição de Henrique Eduardo Alves
enfrentará mais resistência. Contra ele também pesam denúncias graves. Emendas
de sua autoria beneficiaram a empresa construtora de um assessor do Deputado.
Ele não nega e diz que não há nada de anormal, mas depois de 11 anos
assessorando Sua Excelência, Aloísio Dutra de Almeida pediu exoneração tão logo
as denúncias foram publicadas na imprensa.
O político potiguar
terá como adversários a Deputada Rose de Freitas (PMDB-ES) e o Deputado Júlio
Delgado (PSB-MG). Um terceiro nome, que era certo para entrar na disputa e
assim fracionar os votos podendo forçar um segundo turno, retirou a candidatura
e vai apoiar Henrique Alves. Trata-se do Deputado Ronaldo Fonseca.
Deputado e pastor da franquia Assembléia de Deus, Fonseca prometia, se vencesse a disputa pela presidência da casa, pôr em pauta assuntos polêmicos como a união civil de pessoas do mesmo sexo e a questão da criminalização da homofobia.
Deputado e pastor da franquia Assembléia de Deus, Fonseca prometia, se vencesse a disputa pela presidência da casa, pôr em pauta assuntos polêmicos como a união civil de pessoas do mesmo sexo e a questão da criminalização da homofobia.
Homofóbico por vocação e religião, o Deputado também se
notabiliza pelas declarações que faz. Falando sobre o caso dos sanguessugas que
envolveu vários políticos da bancada evangélica, Fonseca foi taxativo:_ “O
envolvimento de evangélicos no caso dos sanguessugas foi para encobrir o
mensalão. Foi uma armação”. Mas na mesma
entrevista ao sítio informativo Congresso em foco, lemos outra declaração de
Fonseca na qual ele diz que o mensalão nunca existiu, não houve compra de apoio
parlamentar e tudo não passou de um acordo político. Ele é do mesmo partido de
Waldemar da Costa Neto.
Para embolar um pouco mais, Ronaldo Fonseca dizia, quando
ainda era candidato, que a Câmara devia reagir às denúncias da imprensa contra
deputados, mas ao mesmo tempo, apontava o corporativismo da casa como algo a
ser combatido.
No campo de ação de sua predileção, o combate ao pecado da
homossexualidade, Sua Excelência é, todavia mais curioso. Afirma que a homofobia
não existe, que é ficção e que não aceita a ditadura gay. São suas as palavras:_”Só
digo que não concordo com a prática deles, (os homossexuais) porque, para mim,
por questão de fé, é pecado como a prostituição e o adultério. É pecado e eu
não aceito.Isso não quer dizer que você não possa ser gay.”
Sem apoio do próprio partido e com forte concorrência na sua
especialidade, que é falar bobagens, Fonseca retirou sua candidatura.
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