Até bem pouco tempo atrás, falar da legalização das drogas
era impensável. Este século já havia nascido e pessoas ainda eram presas por
usar uma camiseta estampada com uma folha de cannabis. Comerciantes que vendiam
uma simples marica ou um narguilê, podiam ser autuados por apologia do delito.
Só no ano passado, o STF garantiu o direito dos que defendem o uso legal de
drogas de se manifestarem livremente.
Pois bem, e o que fazemos com essa liberdade? Com esse
pedacinho de liberdade? Desbaratamos.
Tenho lido, não sem assombro, o que postam nas
redes sociais os grupos que promovem marchas pela legalização da maconha. O
eixo da questão, o direito, vem sendo deixado de lado. O uso medicinal da erva
é agora apontado como o fator base para sua legalização.
Frases como “maconha cura câncer” aparecem com total
irresponsabilidade nessas postagens que também mostram como exemplo, a venda de
maconha medicinal em locais públicos dos EE.UU. É a própria apologia da
hipocrisia. Além do mais eu não quero ficar
doente para poder fumar maconha, eu quero fumar maconha pra ficar doidão. E
quero que me seja garantido, por lei, esse direito.
Outro fator elencado por esses grupos, é o econômico. Numa
postagem recente defendia-se o uso da erva como combustível. O contrassenso é
demasiado gritante para merecer um comentário.
Também há comparações entre a maconha e o álcool. Para
santificar a erva, querem demonizar a bebida. A carga de preconceito contra
quem bebe, por parte dos defensores da legalização da maconha, é a mesma que a
sociedade careta, que apóia a proibição do uso de drogas, tem com relação aos
maconheiros. Sem tirar nem pôr. Ademais, ninguém vai parar de beber e
começar a fumar maconha porque é saudável.
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