quinta-feira, 18 de abril de 2013

Maconheiros



                Até bem pouco tempo atrás, falar da legalização das drogas era impensável. Este século já havia nascido e pessoas ainda eram presas por usar uma camiseta estampada com uma folha de cannabis. Comerciantes que vendiam uma simples marica ou um narguilê, podiam ser autuados por apologia do delito. Só no ano passado, o STF garantiu o direito dos que defendem o uso legal de drogas de se manifestarem livremente.
                Pois bem, e o que fazemos com essa liberdade? Com esse pedacinho de liberdade? Desbaratamos.
                Tenho lido, não sem assombro, o que postam nas redes sociais os grupos que promovem marchas pela legalização da maconha. O eixo da questão, o direito, vem sendo deixado de lado. O uso medicinal da erva é agora apontado como o fator base para sua legalização. 
                Frases como “maconha cura câncer” aparecem com total irresponsabilidade nessas postagens que também mostram como exemplo, a venda de maconha medicinal em locais públicos dos EE.UU. É a própria apologia da hipocrisia.  Além do mais eu não quero ficar doente para poder fumar maconha, eu quero fumar maconha pra ficar doidão. E quero que me seja garantido, por lei, esse direito.
                Outro fator elencado por esses grupos, é o econômico. Numa postagem recente defendia-se o uso da erva como combustível. O contrassenso é demasiado gritante para merecer um comentário.
                Também há comparações entre a maconha e o álcool. Para santificar a erva, querem demonizar a bebida. A carga de preconceito contra quem bebe, por parte dos defensores da legalização da maconha, é a mesma que a sociedade careta, que apóia a proibição do uso de drogas, tem com relação aos maconheiros. Sem tirar nem pôr. Ademais, ninguém vai parar de beber e começar a fumar maconha porque é saudável.






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