Um colunista social do interior de São Paulo, publicou que domésticas deveriam ser trancadas
em casa no dia da eleição. O “jornalista” também destilou preconceito para com
porteiros e nordestinos. O jornal onde trabalhava, querendo tirar o seu da
reta, depois da repercussão negativa da “matéria”, demitiu o sujeito.
Até aí nada de mais, afinal não é o primeiro idiota que
escreve coisas assim. O Mainardi, o Jabor e outros meninos levados são mestres no assunto, apenas
não são tão toscos, (Minto; o Mainardi é tosco). O engraçado do negócio foram os comentários postados
nas redes sociais. Num deles, um leitor que se mostrava indignado com o “texto”
do colunista, disse que o escriba tinha cara de pedreiro. Pois é, no afã de condenar o preconceito do
outro, o cara me manda uma dessas.
Mas, pelo menos para mim, a surpresa maior dessas eleições
foi descobrir amigos virtuais, conhecidos e parentes simpatizantes de Malafaia,
Sherazade e Bolsonaro. Não foram poucas as postagens que tinham como origem as
páginas desses personagens.
O mais pitoresco, no entanto, foi o grande números de
senhoras direitistas que ameaçaram deixar o país caso Dilma fosse reeleita. Mesmo
se o tio do Aécio entregasse a chave do aeroporto de Cláudio, não haveria como
embarcar tanta gente. Seria o caos aéreo com uns meses de atraso. Mas, claro,
elas não irão. Essas pessoas não estão dispostas a mudar velhos hábitos como o
de ter quem lhes lave as calcinhas e vá buscar seus brioches pela manhã. E isso
só tem aqui, nessa sociedade herdeira do escravismo, que essa gente quer
perpetuar.
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