quarta-feira, 9 de novembro de 2016

Trump: venceu o palhaço





Trump prometeu, mas não vai entregar. Prometeu acabar com a imigração ilegal e deportar os ilegais residentes. Não pode. Grande parte da economia americana está atrelada à imigração ilegal por seu baixo custo e desobrigação de proteção social.
Na primeira eleição de Obama assisti uma reportagem em que empresários da construção dos EE.UU diziam que os preços dos imóveis subiriam uns 25% caso não pudessem usar mão de obra ilegal, barata e farta.
Trump prometeu construir um muro em toda fronteira com o México e fazer com que os mexicanos paguem por ele. Não pode. Grande parte da economia americana depende de boas relações com os mexicanos que são os maiores importadores de produtos estadunidenses no continente. Muito mais não prometeu.
O discurso de Trump é oco, tosco, mas nada burro. Falou o que os burros queriam escutar, tal qual um Bolsonaro ou uma Sheherazade. Se deu bem, agradou, venceu a eleição. Só que nos EE.UU poucos votam e muitos dão palpite. E lá (como em quase todo o mundo) quem manda é o dinheiro.
Muita gente andou escrevendo nessas horas pós eleição americana que para nós brasileiros e latino-americanos (e por que não o para resto do mundo) pouco importa quem vence as eleições nos EE.UU. Vimos um democrata negro eleito e reeleito espionar nosso país e muitos outros. Vimos o prêmio Nobel da Paz bombardear a Síria. invadir a Líbia, desestabilizar o governo egípcio, o venezuelano e o nosso, entre outras façanhas. Vimos o descumprimento da promessa de campanha de Obama de acabar com o campo de concentração de Guantánamo. O que mais poderia fazer Trump? Invadir a Venezuela? (Pensando bem, poderia sim)
Outros andaram dizendo que um arsenal nuclear de mais de 5 mil ogivas e 450 mísseis intercontinentais na mão de alguém como Trump representaria um perigo enorme para a paz. Ora bolas, de que paz estamos falando? E além do mais ninguém no mundo pensa ou precisa usar armamento nuclear. Para as potências nucleares a era das ideologias já passou. Vivemos os maravilhosos tempos dos mercados.
Devido justamente ao vazio das propostas de Trump, ninguém pode antecipar nada do que poderia ser seu governo. Certo apenas é o fortalecimento e desregulamentação de sistema financeiro americano (e consequentemente das finanças mundo afora) e mimos e agrados para o grande capital produtivo e especulativo. Trump é uma incógnita... e um palhaço.





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