quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Everaldo saiu do zoológico



Começou a propaganda eleitoral gratuita. Gratuita, é claro, para os partidos,  mas paga pelos brasileiros em forma de isenção fiscal. Nesse primeiro dia o que se viu foram os marqueteiros mostrando serviço.  Ou tentando. Dilma, de colar de pérola e terninho, cortando pimentão na cozinha, foi um pouco demais. Assim como a presença de Eduardo Campos em, pelo menos, três palanques.
A propaganda de Aéreo Neves, já deu mostras de como será preenchido o vazio de idéias e propostas do candidato.  Aéreo nem tenta desqualificar Lula e seus dois governos. Com jeitim,, poupa de críticas o maior cabo eleitoral do país para não entrar no lodaçal das comparações que sempre deixa mal os tucanos .
Mas quando pensávamos que o circo era a única atração, com os velhos palhaços Eymael e Fidelix, abriram-se as portas do zoológico e o Pastor Everaldo fez sua entrada triunfal precedido por Malafaia e secundado por Feliciano.
O pastor, que também foi entrevistado no Jornal Nacional e no canal Globonews, juntou ao discurso moralista, os bordões do falido neoliberalismo. O homem quer privatizar tudo. Quer que o estado saia da vida do cidadão e só interfira em questões que a ele sejam inerentes tais como casamento, procriação, e comprimento das saias.
Na entrevista dada a Renata Loprete, na Globonews, o pastor candidato repetiu a expressão “aparelhamento do estado” uma dezena de vezes e criticou o número excessivo de ministérios (39). Disse que reduziria para 20 esses aparelhos de acomodação política, mas mesmo sendo questionado várias vezes pela repórter, não explicou como chegou a cifra mágica.
Everaldo e seu partido estavam na base de sustentação do governo até bem pouco tempo, mas Dilma lhes negou um desses ministérios. O argumento do PSC era que sua bancada sendo maior que a do PC do B, fazia do partido um inquilino natural da Esplanada. Sem ministério, Everaldo virou oposição.



Nenhum comentário:

Postar um comentário