terça-feira, 3 de setembro de 2013

O engodo


                Se terá sido sempre assim eu não faço ideia. O que sei é que nesses dias interessantes que vivemos, passamos a maior parte do tempo discutindo sobre toda espécie de besteiras ditas pelos maiores idiotas do planeta.
                Até poucos dias atrás estávamos discutindo Feliciano e Malafaia, Joelma e Rachel Sherazade, Datena e o sertanejo universitário. Agora é a vez de Lobão abrir as comportas da cretinice e inundar os meios de comunicação com seus disparates.
                Oriundo do movimento “musical” que foi intitulado de “rock Brasil”, Lobão, antes de se tornar um porta voz da jumentice nacional, influenciou muita gente que acreditava que aqueles moços dos anos 80, que não sabiam cantar nem tocar nada direito, tivessem algo pra dizer ou então não pagariam o mico de se apresentar em público para ostentar seu nenhum talento.
                Gente como Lobão ou Renato Russo, além de não cantarem nada e escreverem asneiras musicadas, faziam o gênero politizado. Eram uns caras que tinham escutado o galo cantar, mas não sabiam onde. Russo, por ter morrido, provocou um grande equívoco que está longe de ser elucidado. Pelo menos morreu e já não produz suas tolices. Ainda assim continua causando terrível mal. Até teses de mestrado já foram escritas para exaltar os “poemas” do grande engodo que foi Renato Russo.
                Outro dia vendo uma reportagem sobre o líder do Legião Urbana fiquei atônito pelo tratamento que lhe era dispensado. Falava-se dele como de um intelectual e se questionava se os meninos que com ele dividiam o palco, estariam à altura de compartir suas profundas elucubrações. A conclusão era que sim e citavam que um dos meninos de Renato Russo lia determinado autor no original alemão. O caipirismo pátrio não tem limites.
                Lobão continua aí e no seu afã de buscar os fugidios holofotes, não nos deixa em paz. Pelo menos parou de compor e de cantar, o que já dá algum alívio, mas agora deu de defender a ditadura, a tortura, a censura e tudo o mais que foi fruto daquela época sinistra.
                Claro que vem conquistando fãs. A direita juvenil é um fenômeno dos dias que correm. Gente que nasceu depois da redemocratização e jamais conheceu a censura nem o medo da repressão, agora deu de clamar contra a democracia e chamar os milicos de volta. Sequer se dão ao trabalho de procurar conhecer a realidade daqueles tempos. Vão atrás de Lobão e companhia. Massa de manobra da direita mais botinuda, mais boçal.


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