Se terá sido sempre assim eu não
faço ideia. O que sei é que nesses dias interessantes que vivemos, passamos a
maior parte do tempo discutindo sobre toda espécie de besteiras ditas pelos
maiores idiotas do planeta.
Até poucos dias atrás estávamos
discutindo Feliciano e Malafaia, Joelma e Rachel Sherazade, Datena e o
sertanejo universitário. Agora é a vez de Lobão abrir as
comportas da cretinice e inundar os meios de comunicação com seus disparates.
Oriundo do movimento “musical”
que foi intitulado de “rock Brasil”, Lobão, antes de se tornar um porta voz da
jumentice nacional, influenciou muita gente que acreditava que aqueles moços
dos anos 80, que não sabiam cantar nem tocar nada direito, tivessem algo pra
dizer ou então não pagariam o mico de se apresentar em público para ostentar
seu nenhum talento.
Gente como Lobão ou Renato
Russo, além de não cantarem nada e escreverem asneiras musicadas, faziam o
gênero politizado. Eram uns caras que tinham escutado o galo cantar, mas não
sabiam onde. Russo, por ter morrido, provocou um grande equívoco que está longe
de ser elucidado. Pelo menos morreu e já não produz suas tolices. Ainda assim
continua causando terrível mal. Até teses de mestrado já foram escritas para
exaltar os “poemas” do grande engodo que foi Renato Russo.
Outro dia vendo uma reportagem
sobre o líder do Legião Urbana fiquei atônito pelo tratamento que lhe era
dispensado. Falava-se dele como de um intelectual e se questionava se os meninos
que com ele dividiam o palco, estariam à altura de compartir suas profundas elucubrações.
A conclusão era que sim e citavam que um dos meninos de Renato Russo lia
determinado autor no original alemão. O caipirismo pátrio não tem limites.
Lobão continua aí e no seu afã
de buscar os fugidios holofotes, não nos deixa em paz. Pelo menos parou de
compor e de cantar, o que já dá algum alívio, mas agora deu de defender a
ditadura, a tortura, a censura e tudo o mais que foi fruto daquela época
sinistra.
Claro que vem conquistando fãs.
A direita juvenil é um fenômeno dos dias que correm. Gente que nasceu depois da
redemocratização e jamais conheceu a censura nem o medo da repressão, agora deu
de clamar contra a democracia e chamar os milicos de volta. Sequer se dão ao
trabalho de procurar conhecer a realidade daqueles tempos. Vão atrás de Lobão e
companhia. Massa de manobra da direita mais botinuda, mais boçal.
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