terça-feira, 31 de julho de 2012

A maravilha espanhola, o fenômeno uruguaio







Não venho acompanhando os jogos olímpicos. Não é por falta de interesse senão por pequenos problemas pessoais que não cabe aqui mencionar. Mas não estou totalmente alheio. Assisti os dois jogos da Seleção Brasileira e um dos jogos das mulheres. Refiro-me, é claro, ao torneio de futebol.
As mulheres meteram uma goleada nas camaronesas como era de se esperar. O segundo jogo não vi, mas vi o golaço que Cristiane meteu já no fim da partida. Os caras vão bem. Venceram os egípcios mesmo fazendo um segundo tempo ruim, desconcentrado. Um dos gols dos africanos saiu de uma falha individual de Juan que me parece ser apenas um bom rebatedor, nada mais.
No segundo jogo a Seleção soube furar a boa marcação da Bielorrússia e, virando o placar, venceu de maneira convincente.
No torneio de futebol, vi também o 2º jogo do Uruguai. Após vencer o 1º jogo contra os Emirados Árabes no sufoco, a celeste olímpica enfrentou o Senegal e foi derrotada de maneira incontestável. Embora jogando com um homem a menos por mais de 65 minutos, os africanos deram um banho de bola na seleção que, segundo a imprensa esportiva brasileira, era uma das favoritas ao título.
Acontece que a imprensa esportiva brasileira comenta jogos que não vê e conhece times através da internet. De onde tiraram que o Uruguai era favorito? A seleção albiceleste conseguiu sua classificação para os jogos ficando em segundo lugar no torneio sulamericano sub-20 vencido pelo Brasil. No jogo final perdeu para o Brasil por 6 X 0. Tomar uma tunda de 6 X 0, seja lá pra quem for, não habilita ninguém como favorito a nada. Será que depois disso fez meia dúzia de exibições extraordinárias? 
 Além do mais o que sabia nossa imprensa sobre o Senegal? Sobre os Emirados Árabes eu sei que no Saara, não o africano, o do Rio, há mais jogadores árabes que no país do golfo. Ainda assim os uruguaios ganharam apertadinho do pessoal do kibe. Agora lhes resta vencer a Grã Bretanha para se classificar para a fase seguinte pois conta com 3 pontos e saldo negativo 1 enquanto Senegal soma 4 pontos e saldo de 2 tal qual a Grã Bretanha. Caso empatem, os uruguaios teriam de contar com uma derrota dos senegaleses por 0 X 4 perante os árabes. Haja esfiha.
No outro grupo, a maravilhosa Espanha, queridinha da imprensa brasileira, já está fora depois de perder paras as potências futebolísticas do Japão e de Honduras. O jogo contra Honduras eu vi e o final foi melancólico. Um jogador centro americano foi chutado e pisado enquanto estava caído após sofrer falta, juiz e bandeirinhas receberam peitadas e xingamentos. Depois da  derrota, e conseqüente eliminação, as declarações do técnico espanhol e de seus comandados foram tão idiotas que me eximo de transcrever. A imprensa espanhola culpou a falta de sorte e a arbitragem pelo fracasso olímpico. Perderam o jogo mas não a arrogância tão comum naquelas plagas.
Quanto ao resto, pouco ou nada vi. Um pedacinho da abertura que me deu sono muito antes do ápice. Mas todas que vi em jogos olímpicos anteriores também me deram sono. Andei, sim, lendo alguma coisa  sobre os bastidores dos jogos.
Juca Kfouri nos conta que os jornalistas credenciados recebem da organização dos jogos, uma bolsa de mimo. Dentro há uma porção de coisas úteis como mapas e outros que tais. Tem até creme de barbear. Acontece que na entrada dos estádios a bolsa é confiscada pela polícia. Deve ser para dar a outros jornalistas pra que fiquem contentes por algumas horas. O Turco também anda reclamando das apalpadelas inconvenientes dos canas mesmo em quem já passou pelos controles de Raios X. Por que apalpam tanto? Paranóia com terrorismo? Para humilhar os jornalistas de países periféricos? Viadagem explícita? Quem sabe?
Mas só do Juca Kfouri li alguma crítica. Seus colegas que lá estão, nada comentam. Mantêm o comportamento típico dos caipiras brasileiros embasbacados com qualquer bobagem ou novidade estrangeira.
Ontem, um aparelho que comanda a largada das provas de natação pifou. Uma nadadora caiu na água. Nada de mais, enquanto o aparelho era concertado as atletas tiveram tempo par relaxar e aliviar a tensão que a falsa largada provocara. Em 2016 tal fato pode fazer corar nossos jornalistas que vão falar que o Brasil não pode organizar nada. 

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