Eu sei, eu sei. Comentar a CPI da Petrobrás é bobagem. Nada
pode ser mais ocioso. É dar milho a bode. Só a lembrança da figurinha difícil
do presidente da comissão tira o ânimo de qualquer um que queira fazê-lo.
No entanto, não dá para deixar passar o fato de que estamos
diante de uma dessas farsas grotescas que mexe e vira nosso parlamento
proporciona.
Já no primeiro dia de funcionamento da CPI, o presidente pau
mandado manobrou e criou sub-relatorias sem ao menos avisar ao relator. Negou a
palavra aos que se opunham a manobra e deu chilique. Foi tratado por opositores
de esquerda pelo nome que merecia: moleque.
Antes que sua excelência fizesse o mandado, vários
requerimentos para oitivas foram aprovados. Os nomes dos mesmos funcionários
que já depuseram na Polícia Federal e no Ministério Público compõem a lista dos
que deverão alegar seu direito de permanecer calados diante das perguntas e
ofensas dos deputados.
E, claro, nenhum dos empresários envolvidos será chamado para
depor. Mais uma vez teremos uma investigação de corrupção na qual não se
menciona os corruptores. Também pudera, a maioria dos membros da CPI teve suas
campanhas bancadas pelas empresas que eles deveriam investigar.
Não investigarão. Não precisam investigar o que já sabem.
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