segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Reforma política





Outro dia abri uma página na internet que se chamava RPJ. Pois é, neguinho se amarra numa sigla. Essa significava Reforma Política Já. A página se declarava sem vinculação política. Apenas uma união civil de pessoas do mesmo sexo que visava trazer propostas para a reforma política que o Brasil precisa.
Bem, que precisa, todos concordam. Mas qual reforma política? Espero que não seja a que propõe o RPJ. Entre as mudanças elencadas pelos “profissionais de diversas áreas” que compõem o grupo, estava uma que retrata bem o que o conservadorismo pensa do país.
No tópico sobre candidaturas, pedem esses senhores que se exija o ensino secundário para vereadores e ensino superior para os demais cargos. O grupo alicerça sua proposta elitista e burra no argumento elitista e burro que os bons políticos sem diploma são uma exceção e que não se deve basear-se na exceção e sim na regra. Ora, políticos sem diploma no Congresso Nacional é que é exceção. Nas duas casas legislativas, são os doutores imensa maioria. Na presidência, a única exceção foi Lula. O mesmo se passa nos governos estaduais, nas assembléias legislativas e nas prefeituras importantes.
Num levantamento recente, observou-se  que das leis propostas, votadas e aprovadas pelas Assembléias Legislativas e que foram contestadas na justiça, a imensa maioria foi considerada inconstitucional pelo Supremo. No Rio, por exemplo, de seis leis contestadas, todas foram assim consideradas. Em Santa Catarina o número é parecido e o mesmo se dá em todo o país. Basta ver a autoria dos diplomas legais que foram para o lixo, para termos a certeza da espessa ignorância de nossos “doutores”.
A página que cito é mais uma prova disso.

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